Atualizado em 19 de fevereiro de 2024 |
Publicado originalmente em 19 de fevereiro de 2024
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AMECast é como uma janela que se abre para as vidas das pessoas enfrentando uma doença genética e rara que afeta os neurônios motores responsáveis pelo controle muscular voluntário1, a Atrofia Muscular Espinhal. Com Michelle Loreto como guia, este podcast, parte da campanha "Juntos pela AME", mergulha nas histórias desses jovens e adultos, revelando seus sonhos, medos e triunfos. A missão central é dar voz a essa comunidade, gerar conscientização sobre a AME e promover debates sobre autonomia e qualidade de vida.
A História de Leandro Kdeira
No quinto episódio do AMECast conhecemos Leandro Kdeira, um coordenador de projetos sociais do Instituto Barueri Paraolímpico de 40 anos. Ele foi diagnosticado com AME tipo 3 aos três anos de idade, após uma longa e árdua jornada de consultas médicas e exames. Os indícios da enfermidade começaram cedo, quando, aos nove meses de idade, Leandro deu seus primeiros passos. Sua mãe logo começou a perceber quedas frequentes e dificuldades no andar.
Com o diagnóstico, Leandro passou a fazer fisioterapia, terapia ocupacional, e outras atividades multidisciplinares para fortalecer sua musculatura. Aos sete anos, após o falecimento de sua mãe, Leandro, que até então vivia em Jandira, São Paulo, foi morar com os avós na Bahia. Na ocasião, devido à falta de acesso aos cuidados adequados, a AME progrediu de maneira significativa, fazendo com que ele passasse a usar cadeira de rodas, aos 14 anos. E após um período difícil, retornou para Barueri, em São Paulo, e retomou os cuidados clínicos.
O Esporte como Superação
Leandro é um exemplo de como o esporte adaptado pode transformar vidas. Ao começar a trabalhar em uma organização com foco a inclusão de indivíduos com deficiência por meio do esporte, o Instituto Barueri, Kdeira descobriu a bocha adaptada em 2012.
Ele não apenas compete, mas também inspira e orienta outros jovens com AME a explorarem seu potencial no esporte. "Meu pódio não é uma medalha, são eles", diz Leandro sobre os 25 atletas paralímpicos que ele orienta no Instituto Barueri Paralímpico, uma associação sem fins lucrativos fundada com o propósito de incluir na perspectiva da autonomia e garantia de direitos por meio do esporte adaptado e de ações de fortalecimento de vínculos de crianças e adolescentes.
A Luta Contínua
Com uma vida social bastante ativa, Leandro costuma ir a shows e jogos de futebol. Além disso, é super engajado na comunidade de AME e faz parte de alguns grupos. Kdeira incentiva outras pessoas a também buscarem o acesso ao cuidado adequado como ele.
A sua história nos faz lembrar da importância do apoio, da resiliência e da urgência dos diagnósticos precoces. Assista ao episódio completo:
Em dúvida sobre algum termo desta matéria? Confira o glossário.
Referências:
1Kolb SJ, Kissel JT. Spinal Muscular Atrophy: A Timely Review. Arch Neurol. 2011;68(8).
Conheça a história de Gabriel Machado (Machadinho), um jovem influenciador do mundo dos games que vive com atrofia muscular espinhal (AME) tipo 2. A apresentação fica por conta da jornalista Michelle Loreto.
Conheça Duda, uma jovem de 19 anos que estuda gestão financeira e recebeu o diagnóstico de Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 3 aos 2 anos. A apresentação fica por conta da jornalista Michelle Loreto.
Mergulhe na inspiradora história de Fernando Silveira Lemos, um gerente bancário que vive com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 3. Em seu bate-papo com a apresentadora Michelle Loreto, Fernando ilustra o poder da determinação, do apoio familiar e da resiliência.