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o longo dos primeiros meses de vida, as crianças atingem diversos tipos de marcos que dão pistas de como está seu desenvolvimento. Eles podem ser sociais, emocionais, de linguagem e comunicação, cognitivos, de desenvolvimento físico e motores¹. A dificuldade em atingi-los, ou mesmo caso eles sejam alcançados mas o bebê o acabe perdendo, pode indicar que há algo a ser avaliado no neurodesenvolvimento da criança, o que demanda investigação de um profissional de saúde.

Se manter em pé

Entre os nove meses e um ano de idade o pequeno atinge a capacidade de ficar em pé com a ajuda de algo, que serve como apoio, e dar alguns passos. Logo depois, é que ele consegue andar um pouco sozinho, sem se apoiar¹.

É possível fornecer alguns estímulos para ajudar a criança a atingir esse marco motor. Por exemplo, disponibilizando uma grande área por onde ela possa se movimentar de maneira segura, ou posicionando-a perto de objetos que ela possa usar para se levantar, como sofás ou outros.

Quando a criança não é capaz de suportar o peso do próprio corpo em pé, mesmo com a ajuda de um apoio, é sinal de que pode haver alguma alteração em seu desenvolvimento. Outro sinal é perder uma habilidade que já tinha. Por exemplo, o bebê conseguia ficar em pé sozinho e não consegue mais.

Dentre as possibilidades que explicariam esse atraso, existe a atrofia muscular espinhal (AME). A AME é uma doença rara que afeta o desenvolvimento das crianças. Ela pode causar a disfunção e morte de neurônios motores inferiores, que controlam os músculos responsáveis por atividades como respirar, alimentar-se e andar². Estar atento ao desenvolvimento motor dos bebês pode ser a chave para garantir um diagnóstico precoce nesses casos.

A surfista voadora

“Mesmo que os seres humanos sejam programados para o otimismo e nunca achemos que algo possa acontecer conosco ou com quem amamos, mesmo que as chances sejam minúsculas, é necessário estar sempre atentos às dificuldades. Porque o que diferencia o incomum do impossível, é que o primeiro existe”. É a partir dessa ideia que nasceu a campanha O Raro Também Pode Acontecer, cujo objetivo é ajudar os pais a ficar de olho no desenvolvimento de seus filhos.

A série “Histórias para se viver” traz livros educativos para ajudá-los a monitorar os marcos motores dos pequenos, por meio de um universo lúdico e cheio de imaginação. Em cada história, os pais encontram informações que ajudam a acompanhar o desenvolvimento desses marcos. Cada uma delas apresenta um personagem que ilustra esse caminho e mostra o que devemos esperar dos pequenos. Na história “A Surfista Voadora”, a pequena Cora está aprendendo a ficar de pé apoiada em uma superfície.

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Referências:

1. "Aprenda os sinais. Aja cedo". Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, 2017.
2. Lunn MR, Wang CH. Spinal muscular atrophy. Lancet. 2008; 371 (9630):2120-33